Paraíba registra 1 milhão de linhas telefônicas a menos em três anos

Se em 2015, em média, pelo menos um milhão de paraibanos possuíam (eram 5,1 milhões de linhas para uma população de 3,9 milhões de pessoas) ao menos duas linhas de telefone celular, em 2018 o panorama mudou. Em fevereiro, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os números fecharam em 4 milhões de números de celular, praticamente um por habitante do Estado. Em comparação com janeiro são 8 mil a menos. O crescimento do número de linhas pós pagas é a principal explicação para o fenômeno.

O Brasil registrou perda de 574.379 linhas de telefonia móvel na comparação entre janeiro e fevereiro deste ano. No acumulado de 12 meses, a redução foi de 2,99%, com menos 7.263.466 linhas de telefonia móvel registradas. Do total de linhas móveis no país, 89.614.484 são pós-pagas e 146.041.021, pré-pagas. As pré-pagas vêm puxando a diminuição do número de linhas. Em fevereiro, esse tipo de linha teve queda de 1.402.445 unidades, com redução de 0,95 % na comparação de fevereiro com o mês anterior. Já as linhas pós-pagas apresentaram crescimento de 828.066, com acréscimo de 0,93%.

Antigamente, as pessoas possuíam diversos chips das mais diversas operadoras, para obterem descontos nas ligações entre a mesma empresa. Atualmente, nas linhas pós pagas, com mensalidade, não existe mais a diferenciação, o que faz com que possa ligar para qualquer operadora pelo mesmo valor. Além do mais, muitas pessoas optam por aplicativos de mensagens instantâneas, preterindo as chamadas, o que faz com que o pós pago seja mais atrativo, pois não existe corte nos planos de dados (ou é mais dificultado).

De acordo com a Anatel, as empresas com maiores quantitativos de linhas móveis foram: Vivo, com 74.896.701; Claro, com 58.726.546; Tim, com 58.006.380; e Oi, com 38.900.114.

Os números mostram ainda que aumentou o uso da tecnologia 4G. Na comparação com janeiro, o crescimento, em fevereiro, foi de 2.072.500 unidades, acréscimo de 1,96 %.

Fala povo:

“A queda nos acessos móveis está acontecendo no país todo e, de forma geral, reflete duas tendências: a primeira é a substituição do pré-pago pelo pós-pago. Os números mostram queda do número de acessos pré, enquanto mostram um aumento significativo de acessos pós-pagos. A segunda tendência é a oferta de chamadas ilimitadas para todas as operadoras e terminais fixos, o que torna desnecessário que o usuário tenha um chip de cada prestadora. Assim, a quantidade de chip pré-pago cai”. Eduardo Jacomassi, gerente de universalização e ampliação do acesso da Anatel.

Fonte: Portal Correio (Texto de Érico Fabres, do Jornal Correio da Paraíba, com Agência Brasil)

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *