EM DEFESA DA VIDA: VOLTA ÀS AULAS PRESENCIAIS SÓ COM VACINAÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO

O Plano Novo Normal Paraíba, apresentado pelo Governo do Estado não está sendo seguido pelo próprio Governo. O Comitê Interinstitucional e Intersetorial de Acompanhamento Estadual (CIIAE) deveria ser a primeira instância a se reunir, de acordo com o organograma apresentado pelo secretário de Educação Cláudio Furtado na transmissão ao vivo realizada neste dia 1º de fevereiro.

Em nenhum momento o Governo condiciona a volta às atividades presenciais à vacinação dos profissionais da educação. A vacinação é condição obrigatória para dialogarmos sobre este ponto.

Como é de amplo conhecimento, as condições estruturais sugeridas pelo secretário executivo de Saúde Daniel Beltrami são raríssimas nas escolas da rede estadual. A maioria das escolas não tem infraestrutura necessária para garantir distanciamento social. Além disso, o corpo docente utiliza sua voz como principal ferramenta de trabalho. Qualquer tentativa de retorno precisa levar em consideração este fator e munir professoras e professores de microfones com amplificadores de som.

O Governo falou em segurança para crianças, já que, para Daniel Beltrami, o vírus não as afetará. Vamos supor que o secretário esteja certo, a despeito das informações confirmadas pelos órgãos de saúde que dezenas de crianças tiveram complicações respiratórias em decorrência da Covid-19. Estas crianças moram com pais, mães, muitas vezes, com avós. Vivem em contato direto com várias pessoas. E a vida destas pessoas, não importa? Na própria apresentação do secretário foi exibido um gráfico que projetou ao menos 330 interações em um dia numa sala com 20 estudantes.

A pesquisa realizada pela Secretaria de Educação só leva em consideração pessoas com duas ou mais doenças consideradas de risco para pacientes infectados pelo novo coronavírus, mas existem outras tantas situações que exigem um cuidado redobrado. Além disso, é fundamental assumirmos que não conhecemos completamente os mecanismos da doença e, inclusive, que o conceito de “grupo de risco” é falho, vide as dezenas de profissionais da educação que faleceram jovens e que não possuíam nenhuma comorbidade.

O secretário Daniel Beltrami citou ainda o transporte escolar como se todos os estudantes da rede fossem para a escola em transportes particulares. Porém, esta não é a realidade dos estudantes da rede pública e de milhares de profissionais da educação, que utilizam o transporte público para ir à escola. Transporte público que está superlotado, diariamente, a despeito da expansão da pandemia.

Insistimos com o governador que abra um canal de diálogo, que cumpra o organograma previsto no plano, que mantenha uma agenda de reuniões com o sindicato e demais entidades da sociedade civil. O momento é de proteger a vida de milhares de paraibanas e paraibanos.

Se a educação é prioridade, vacinem os profissionais da educação!
Um gestor que se preocupa com a vida garante primeiro a vacina!

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