Saúde confirma 14 óbitos causados por dengue, zika e chikungunya na Paraíba em 2019
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou nesta quinta-feira (5) um total de 14 óbitos por arboviroses (doenças provocadas pelo mosquito Aedes Aegypti) na Paraíba, em boletim epidemiológico nº 12, no qual constam os casos das arboviroses da 46ª Semana Epidemiológica – até o dia 26 de novembro.
Dos 14 óbitos, foram 10 para dengue; três para zika e um para chinkugunya; 35 foram descartados e sete óbitos continuam sendo investigados.
Foram registrados 17.560 casos prováveis de dengue, um aumento de 66,99%, na comparação com o ano passado, quando foram registrados 10.516 casos. Em relação à chikungunya, foram notificados 1.299 casos prováveis, enquanto em 2018 foram 958 casos, o que corresponde a um aumento de 35,59%.
Neste ano já são 391 casos de zika contra 364 no ano passado, um acréscimo de 7,42%.
O município onde há a maior incidência das arboviroses no estado é Teixeira. Os municípios que concentram as maiores incidências, por 100 mil habitantes, são: Lucena; João Pessoa, Caaporã; Princesa Isabel; Água Branca; Juru; Areia; Esperança e Alagoa Nova.
“O coeficiente de incidência da Paraíba já ultrapassa 300 por 100 mil habitantes, o que indica que tivemos um ano de epidemia, fato que reforça a necessidade de aumentar a vigilância contra o Aedes”, alertou a gerente de Vigilância em Saúde, Talita Lira.
De acordo com Talita, há uma série de recomendações da SES, em relação ao controle e combate das arboviroses. Em virtude do período de elevadas temperaturas e intermitência de chuvas, é recomendado às Secretarias Municipais de Saúde intensificar as ações de modo integrado aos diversos setores locais como infraestrutura, limpeza urbana, Secretaria de Educação e Meio Ambiente, e áreas afins e sensibilizar a população para eliminação de criadouros do mosquito.
“Os focos do mosquito, na grande maioria, são encontrados dentro de casa, quintais e jardins. Daí a importância das famílias não esquecerem que o dever de casa, no combate ao mosquito, é permanente. Pelo menos uma vez por semana, deve ser feita uma faxina para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas, e, em especial, lavar bem a caixa d’água e depois vedar. Não deixar água acumulada em pneus, calhas e vasos; adicionar cloro à água da piscina; deixar garrafas cobertas ou de cabeça para baixo, são algumas medidas que podem fazer toda a diferença para impedir o registro de mais casos da doença, além de receber em domicílio o técnico de saúde devidamente credenciado, para que as visitas de rotina sirvam como vigilância”, enfatizou a gerente.
O boletim apresenta ainda dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa). De acordo com o trabalho do LIRAa, foi constatado que 60,08% dos municípios paraibanos (134) estão em situação de alerta.
ClickPB
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