‘Supersalários’ de desembargadores suspeitos de vender sentenças em MS chegam a R$ 200 mil

Suspeitos de participar de um esquema de corrupção e venda de sentenças, os desembargadores afastados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) Sérgio Fernandes Martins, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel, Marcos José de Brito Rodrigues receberam “supersálarios” que chegam a R$ 200 mil líquidos, de acordo com o Portal da Transparência do Tribunal de Justiça.

Os desembargadores foram alvo da operação “Ultima Ratio” deflagrada pela Polícia Federal (PF) com apoio da Receita Federal, na manhã desta quinta-feira (24), após três anos de investigação. Entre os crimes investigados estão: lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação, organização criminosa.

 

‘Supersalários’

O salário-base de desembargador em Mato Grosso do Sul é de R$ 39.717,69 mas a composição abrange uma série de vantagens não especificadas pelo TJMS que chegam a quintuplicar o valor líquido recebido mensalmente. O desembargador Marcos José de Brito Rodrigues, por exemplo, recebeu salário líquido de R$ 209.198,42 em fevereiro deste ano.

Na composição do salário dos magistrados constam acréscimos como “vantagens pessoais” e “vantagens eventuais”. O g1 entrou em contato com o TJ para saber detalhes dessas vantagens e em quais situações elas são concedidas, mas não tinha recebido resposta até a última atualização desta reportagem.

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