Os desafios da prefeita Corrinha Delfino – Por Alexandre Costa

Depois de quase meio século, o município de Cajazeiras até que enfim acordou para o fato de que um município jamais consegue se desenvolver sustentavelmente sem um Plano Diretor eficaz. Na verdade, um Plano Diretor trata-se de uma importante e vigorosa ferramenta de planejamento municipal que permite implantar a política de desenvolvimento urbano oferecendo um regramento das ações dos agentes públicos e privados dentro município.

Criado originalmente pelo visionário prefeito Chico Rolim em fins dos anos 1970, o Plano Diretor do município de Cajazeiras foi um dos pioneiros no interior do Nordeste, algo muito avançado para época em termos de planejamento urbano e sua atualização vinha sendo insistentemente cobrada pela pujante Sociedade Civil Organizada. Intervenções pontuais e equivocadas, ao longo de décadas, tornaram o nosso Plano Diretor amorfo e obsoleto, uma verdadeira colcha de retalhos que ainda hoje que trava o desenvolvimento da cidade.

Finalmente, numa ação decisiva e histórica para eliminar definitivamente este gargalo, o prefeito José Aldemir, contratou uma empresa paulista especializada em planejamento urbano para finalmente proceder a uma “Revisão do Plano Diretor Municipal”, um preciso estudo que ao longo de meses vai elaborar diagnostico dos nossos problemas, carências e potencialidades de todo o município.

A coisa avançou com realização da 1ª audiência pública ocorrida no CAIC nesta terça-feira (22) onde os presentes foram instados por meio de uma dinâmica entre vários grupos a se manifestarem sobre que a cidade tem de bom e que temos de péssimo em todos os setores que envolvem mobilidade urbana, regularização fundiária, saúde, ocupações desordenadas de espaços públicos, educação, turismo, resíduos sólidos, recursos hídricos, segurança, habitação e saneamento básico, itens que formam um complexo ecossistema que dita se moramos, ou não, numa cidade sustentável.

Confesso que me assustei quando os representantes dos grupos desta dinâmica, individualmente, apresentaram suscintamente os maiores e mais complexos problemas da cidade de Cajazeiras inseridos em todos estes setores. De imediato me veio à cabeça os hercúleos desafios que a prefeita eleita Socorro Delfino vai ter que enfrentar a partir de 1º de janeiro de 2025.

Cajazeiras é hoje uma cidade de grande potencial emergente que já apresenta quase todos os mesmos problemas típicos das grandes metrópoles brasileiras como dependentes químicos vagando pelas ruas, trânsito caótico, ocupações desordenadas de calçadas, assaltos à mão armada, um cenário inimaginável logo no início deste século.

Conhecida como uma gestora educacional de mão-cheia, e com este novo Plano Diretor em mãos, acredito que Corrinha não terá dificuldades em aprender rapidamente o traquejo e os meandros da administração pública e pode surpreender fazendo uma grande gestão pondo em prática todos os compromissos assumidos.

O seu desempenho na campanha eleitoral exibiu o perfil talhado de uma pessoa firme, determinada e de propósitos inabaláveis que tem tudo para encarar e vencer todos estes desafios.

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