Luiza Trajano pede a Galípolo que BC pare de comunicar alta dos juros: ‘Empresas não aguentam mais’

Em evento marcado pela defesa de um apoio fiscal ao controle da inflação, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, recebeu um pedido da empresária Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, para que a autoridade monetária não volte a comunicar aumentos dos juros.

O encontro na última sexta-feira, 14, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), reuniu representantes de setores como varejo, indústria de transformação, bancos e serviços. Durante a reunião, nomes dos setores produtivo e financeiro manifestaram confiança na autonomia de Galípolo para levar a inflação em direção à meta perseguida pelo BC, de 3%.

As perguntas ao presidente do BC, seguindo normas da autarquia, foram feitas por escrito. No entanto, houve um momento final no qual os empresários puderam se manifestar, sem o compromisso de Galípolo dar uma resposta formal. Foi quando Luiza Trajano pediu para que ele não anuncie mais elevações dos juros de referência, a Selic.

“A pequena e média empresa não aguenta mais sobreviver nisso (juros altos), não tem condição. É ela que gera o emprego. Hoje a gente conversou, eu queria pedir para ele, por favor, por favor, ter outra forma, porque essa forma não está dando certo”, declarou.

Uma sinalização de aumento de um ponto porcentual da Selic já foi dada para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para 18 e 19 de março. O BC, no entanto, deixou em aberto o movimento do colegiado na reunião de maio, a terceira do ano.

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