Léa Silva denuncia campanha machista em 2024, violência psicológica e mostra avanços da gestão em defesa das mulheres

A secretária de Políticas Públicas para Mulheres e Diversidade Humana de Cajazeiras, Léa Silva, denunciou neste sábado (22), no programa Destaquepb da Rádio Alto Piranhas, a campanha machista realizada nas eleições do ano passado no município. “Foi uma campanha machista, com muitas agressões, e sofremos muito”, relatou.

Vereadora por nove mandatos consecutivos, Léa Silva disse que no parlamento cajazeirense também passou por violência psicológica, assim como em toda sua trajetória como mulher, vereadora e secretaria de diversas gestões. “Tem uns cidadãos em Cajazeiras que me perseguiram psicologicamente. Foram cruéis comigo, inclusive ex-alunos. Estou judicializando e não vou perdoar. Gritaram na porta da minha casa para me intimidar”, contou.

Essa violência psicológica, segundo Léa, infelizmente não acontece só com ela, mas com todas mulheres, independente de classe social. Por isso, a Secretaria onde atua como gestora, busca dar acolhimento a todas mulheres vítimas de violência física ou psicológica, seguindo determinação da prefeita Corrinha Delfino.

“Estamos com uma nova sede na Vila do Bispo. Bem localizada, com ambiente espaçoso e que consegue atender todas as comunidades”, explica. Segundo ela, a Secretaria está com agenda intensa neste mês de março e realizou diversas rodas de conversa com segmentos, como mulheres policiais, mulheres presas, idosas, entre outras.

Citou, ainda, que Cajazeiras foi a primeira cidade a se engajar no Programa Antes que Aconteça, lançado pela senadora Daniella Ribeiro e que busca combater a violência contra a mulher. “Nesta segunda-feira haveremos de participar de evento onde vamos pactuar com o governo do estado o projeto Dignidade Menstrual. A gente quer inserir inclusive as mulheres trans”, acrescentou.

“Também queremos fazer cursos profissionalizantes, mas que coloquem a mulher no mercado de trabalho. Mulheres vítimas de violência conversam com nós. Damos assistência. Infelizmente, quando passa esse processo, ela volta ao mesmo convívio, e é humilhada e torturada psicologicamente. A mulher, de todas as classes sociais, vive violência psicológica dentro de casa e tem que servir de doméstica para o marido”, enfatizou.

Léa Silva destaca que a mulher está sendo melhor inserida na sociedade de cajazeirense e enfrentando essa violência com apoio da gestão, hoje comandada por duas mulheres: Corrinha Delfino e Christiane Araújo. “Zé Aldemir quando foi prefeito também sempre teve o cuidado de colocar as mulheres na gestão municipal. Agradecemos a ele. Denise também fez esse meio de campo para inserir mais mulheres. Corrinha reforça esse gesto junto com a deputada doutora Paula”.

Segundo ela, foi convocada pela gestão para assumir a Secretaria. “Me convocaram e não fujo à luta. Meu vício é Cajazeiras. Temos a responsabilidade de amar a mulher mais bonita, mais inteligente e cultural, que é Cajazeiras”.

Falando sobre sua trajetória, Léa Silva pontuou que já nasceu desbravando os desafios. “Minha mãe negra, solo, de comunidade. Sofri Bullying na escola, era chamada de muriçoca. Mas procurei ter força, me empoderar diante dos machos por onde passei. Nunca me vitimizei, essa a diferença”, frisou.

O programa Destaquepb vai ao ar todos os sábados, às 14h, na Rádio Alto Piranhas. É apresentado por Lenilson Oliveira e Linaldo Guedes, com participação de Suenya Souza.

 

Veja a íntegra da entrevista de Léa Silva no canal do youtube do programa, AQUI

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