Polícia Federal indicia jogador Bruno Henrique por forçar cartão e beneficiar apostadores

O Ministério Público do Distrito Federal prevê que possa oferecer nas próximas semanas a denúncia contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por supostamente forçar um cartão amarelo e beneficiar apostadores.

A peça será embasada pela extensa investigação da Polícia Federal, que nesta semana apresentou à Justiça um relatório com 84 páginas em que indicia o jogador e mais nove pessoas.

Todos eles, de acordo com as investigações, tinham conhecimento de que Bruno Henrique forçaria um cartão amarelo contra o Santos, na 31ª rodada do Brasileiro de 2023, e fizeram apostas nesse sentido.

Conversas em aplicativos de mensagens obtidas pela Polícia Federal após uma operação de busca e apreensão no ano passado mostram que Bruno Henrique e Wander, seu irmão, conversaram sobre a possibilidade de o atleta tomar um cartão meses antes da partida em questão – o atacante estava pendurado com dois cartões e sabia que, em determinado momento, poderia forçar o terceiro para se poupar em alguma partida do Brasileiro.

Wander pedia que o irmão o avisasse para que ele pudesse fazer as apostas.

Bruno Henrique foi punido nos acréscimos do segundo tempo do jogo contra o Santos, realizado em Brasília, após fazer uma falta em Soteldo no campo de defesa do Flamengo – que foi derrotado por 2 a 1.

Logo em seguida, por reclamar, acabou expulso.

O alto volume de apostas no cartão chamou a atenção de três operadoras no Brasil, que relataram a suspeita. A Polícia Federal iniciou a investigação em agosto do ano passado.

Bruno Henrique nega que tenha tomado o cartão para beneficiar os apostadores. Ele ainda não se manifestou desde o indiciamento.

Em nota, o Flamengo afirma que não foi comunicado pelas autoridades e que defende o princípio da presunção da inocência.

Por ora, o atacante está relacionado para o jogo desta quarta, contra o Juventude, no Maracanã, pela quarta rodada do Brasileiro.

A Polícia Federal já pediu autorização da Justiça para compartilhar as informações do inquérito com o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que deve desarquivar o caso.

Com informações de O Globo

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