E se Cícero for para o PSB? Depende… – Por Linaldo Guedes

A preço de hoje, o prazo final para a troca de partido visando as eleições de 2026 vai até o final de setembro deste ano. Digo a preço de hoje, porque no Brasil as regras mudam a cada eleição. O certo, no entanto, é que até o fim do prazo de janela partidária, muita coisa ainda pode acontecer.

            Por enquanto, o verbo transitivo indireto “depende” parece ser o mais utilizado pelas lideranças políticas do estado envolvidas na formação da chapa majoritária.

            Aguinaldo Ribeiro, do PP, por exemplo, disse esses dias que Lucas Ribeiro é o candidato natural à sucessão de João Azevêdo, mas admitiu apoiar o nome de Cícero Lucena dentro da lógica do “depende”. Ou seja: fará isso sem problema algum, desde que João Azevêdo não saia do governo para disputar o Senado.

            Na mesma linha do “depende”, Tibério Limeira, ex-presidente do PSB e secretário de Administração, falou esta semana que não há definição de que o partido socialista abriu mão da cabeça de chapa. “Eu acho que é natural o PSB se colocar (na disputa ao governo), afinal de contas governa o Estado há 16 anos. Isso vai depender de como se dará o resultado das articulações”, afirmou.

            Tudo parece depender da condução que fará João Azevêdo na presidência do PSB. Inclusive, da formação das chapas proporcionais, como avalia Tibério Limeira.

            Nessa perspectiva, não se pode descartar uma possível filiação de Cícero Lucena ao PSB, saindo como candidato do partido ao governo, caso o PP não tope apoiá-lo. No momento, Cícero e Lucas Ribeiro estão em campanha aberta para o governo do estado, visitando municípios e ampliando contatos com lideranças políticas.

Cícero, aliás, tomou gosto pela ideia de voltar ao Palácio da Redenção. Ele, que assumiu o governo como titular em abril de 1994, ficando até janeiro de 1995, em substituição a Ronaldo Cunha Lima, sonha em exercer um mandato completo como governador. Cícero foi cria política do grupo Cunha Lima e caso seja candidato, poderá disputar o governo contra Pedro Cunha Lima. Seria um embate interessante, mas, como tudo na política, “depende”…

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