Era Ancelotti começa com um Brasil sem brilho e empate sem gols contra o Equador
O primeiro jogo da Seleção sob o comando de Carlo Ancelotti não empolgou. Pela 14ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo, o Brasil visitou o Equador, em Guayaquil, e ficou no empate sem gols. Durante os 90 minutos de partida, o time verde e amarelo teve apenas duas finalizações em direção ao gol e não conseguiu deixar uma boa impressão.
Com o resultado, o Brasil chegou aos 22 pontos e se manteve na quarta colocação – sete pontos acima da Venezuela, que está na zona de repescagem e ainda não jogou na rodada.
Multicampeão dirigindo alguns dos principais clubes do futebol europeu, Carlo Ancelotti se tornou, nesta noite, o quarto estrangeiro a dirigir a Seleção. Vestido de terno e gravata, o italiano gesticulou bastante com os jogadores em campo, não parou de mascar chicletes e, no último lance da partida, reclamou com o árbitro por finalizar o jogo durante um ataque promissor do Brasil.
Faltou brilho para Equador e Brasil nos 45 primeiros minutos de jogo no estádio Monumental, em Guayaquil. O time da casa teve um início ligeiramente superior, controlando mais a posse de bola e jogando no campo de ataque. No entanto, a primeira grande chance da partida foi verde e amarela. Aos 21 minutos, Estevão desarmou o adversário, passou para Richarlison e a bola caiu nos pés de Gerson, que optou por passar para Vini Jr. em vez de chutar para o gol. O Brasil ainda conseguiu a finalização, mas o chute saiu prensado. Aos 30 minutos, em jogada de Vini Jr. pela direita, a zaga do Equador cortou mal dentro da área, e a bola sobrou livre para Vanderson. Mesmo livre, o lateral tentou o domínio em vez da finalização e acabou desarmado.
O time da casa deu uma resposta aos 37 minutos, quando Yeboah arriscou de fora da área e obrigou Alisson a fazer a defesa em dois tempos. No mais, nem brasileiros nem equatorianos conseguiram levar perigo ao gol adversário até o apito final.
Na volta do intervalo, o Brasil não teve mudanças nem na formação nem na postura em campo. A equipe seguiu apostando nas arrancadas pela beirada do campo com Estêvão e Vini Jr., mas a tática não funcionou conforme o esperado. O Equador teve mais posse, porém praticamente não levou perigo ao gol defendido por Alisson. A melhor jogada da partida veio aos 30 minutos da etapa final, quando Vini Jr. passou para o meio de campo, Gerson fez o corta-luz e Casemiro, da entrada da área, bateu rasteiro, com força, mas parou nas mãos do goleiro Valle.
No lance seguinte, o Equador deu uma resposta rápida com Estupiñán em chute cruzado. Daí em diante, o time da casa ocupou o campo de ataque, pressionou, empurrou o Brasil para a defesa, mas pouco produziu. Nos minutos finais, sobrou nervosismo em campo e faltou criatividade.