A estrada de Boqueirão – Por Lenilson Oliveira
Por décadas tida e havida como “história para inglês ver”, promessas vãs de vários governadores e aliados de plantão, finalmente o sonho da malha asfáltica da rodovia PB-394, a estrada de Boqueirão, tornou-se realidade.
Pelas mãos do governador João Azevêdo, o sonho acalentado por pelo menos 50 anos pelos moradores do Distrito de Engenheiro Avidos e cercanias foi inaugurado em 4 de julho de 2025, com pompas e circunstâncias.
Após idas e vindas, paradas e retomadas, a obra foi concluída e entregue, representando muito mais que a melhoria do tráfego para as comunidades beneficiadas, mas um impulso para o crescimento de Boqueirão de Piranhas, espaço turístico natural, com o Açude Engenheiro Avidos e paisagens rurais belíssimas.
A movimentação para Boqueirão sempre foi grande, com o deslocamento diário de trabalhadores, estudantes, professores, famílias, visitantes, que corriam riscos reais de acidentes por conta das condições da estrada, curvas acentuadas e verdadeiros abismos.
Pessoalmente, fui testemunha das dificuldades de deslocamento até Boqueirão, quando, por duas oportunidades, tive a honra de ser professor na Escola Municipal José Antônio Dias,
Permanecem vivas as lembranças das viagens no ônibus de Nanuca, quando não quebrava e era imediatamente substituído pelo de Carioca ou pelo Del Rey de Daniel, todos palcos de aventuras e perrengues, sem falar na poeira.
A inauguração do tão sonhado asfalto me suscitou a fazer esse registro, pela importância para a segurança, mobilidade, turismo e economia local, visto que Boqueirão e os sítios dos arredores e ao longo da estrada são predominantemente habitados por pescadores e agricultores que precisam escoar os seus produtos.
No geral, a estrada representa um ganho e um avanço para toda a região e já não era sem tempo de ser asfaltada, por todos os motivos já citados.
A Cajazeiras, cabe agradecer ao governador João Azevêdo pela sua determinação em acabar com o sofrimento de todos que usam a estrada nos seus cotidianos.
Uma obra, mais do que sonhada, necessária.