Falta de chuvas: Criadores de Cajazeiras pedem ajuda ao governo por causa da seca que ameaça gado e produção

Os pequenos produtores rurais de Cajazeiras e região estão enfrentando sérias dificuldades devido à estiagem prolongada, que já reduz drasticamente a disponibilidade de água e pasto para o gado. Com a escassez de recursos naturais, os criadores cobram do governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca, medidas emergenciais como a distribuição de silagem, farelo de soja e milho para alimentar os animais.

Segundo Rildo Soares, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cajazeiras, muitos pecuaristas estão sendo forçados a vender o gado a preços baixos para evitar que os animais morram ou percam peso, o que aumentaria os prejuízos. Ele alerta que os frigoríficos estão se beneficiando da situação, mantendo os preços da carne inalterados, enquanto os produtores arcam com as perdas. A produção de leite também já registra queda, agravando a crise no setor.

Soares explica que alguns criadores que possuem áreas próximas a riachos e investiram no plantio de cana e capim conseguiram armazenar silagem para enfrentar o período de seca, que deve se estender até o fim do ano. No entanto, aqueles que dependem exclusivamente do pasto nativo já enfrentam escassez crítica. Além da pecuária, a agricultura também foi severamente afetada, com perdas quase totais nas lavouras de milho e feijão.

Com os pequenos açudes secando rapidamente, o sindicato reforça o apelo por auxílio emergencial, incluindo ração e suplementos para o gado. Paralelamente, uma parceria entre o Instituto Frei Beda, a Prefeitura de Cajazeiras e o governo federal tem garantido a instalação de cisternas para abastecimento humano, com 200 unidades previstas para serem entregues e mais 300 sendo pleiteadas. Enquanto isso, caminhões-pipa têm sido usados para amenizar a falta de água nas comunidades rurais.

A situação dos animais, no entanto, preocupa ainda mais, já que dependem de fontes como açudes e poços artesianos, que estão secando. Sem uma intervenção rápida, os produtores temem que os prejuízos se tornem irreversíveis, afetando não apenas a economia local, mas também o abastecimento regional.

Com informações e imagem do Coisas de Cajazeiras

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