Alckmin diz que plano contra tarifaço será divulgado esta semana e nega retaliação aos EUA
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) voltou a dizer neste sábado, 9, que o plano de contingência do governo Lula para mitigar os efeitos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil deve ser anunciado no início desta semana. As medidas terão como foco as empresas que mais exportam para o mercado americano.
Alckmin destacou que a prioridade do Executivo não é retaliar os Estados Unidos, mas ampliar o número de setores excluídos da tarifa de 50% decretada por Donald Trump.
“A prioridade não é retaliar. A prioridade é resolver, ampliar o número de setores excluídos, que fiquem fora dessa questão da tarifa que entendemos extremamente injusta”, disse Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Entre as 694 isenções da tarifa, estão alguns dos itens mais importantes da pauta de exportações brasileira para os Estados Unidos, como o suco de laranja, celulose e os aviões da Embraer. Mas outros produtos importantes, como café e carne, seguem tarifados.
“Aliás, (o tarifaço foi feito) com base jurídica totalmente fraca. Não posso fazer política regulatória baseada em questões de natureza política partidária”, disse o vice-presidente à imprensa durante visita à concessionária Guará Motor, em Guaratinguetá, no interior de São Paulo.
Ele reforçou que, na avaliação do governo, o aumento de tarifas é um caminho equivocado que penaliza principalmente a população. “Quando se aumenta a tarifa, quem paga é o consumidor. É o governo que paga, é o consumidor que acaba pagando”, acrescentou.
“Entendemos que é um perde-perde. Devemos ir para um ganha-ganha. Ou seja, aumentar o fluxo de comércio, aumentar a exportação, complementaridade econômica.”