Trump prossegue em sua ameaça à ordem global, ao Brasil e aos próprios Estados Unidos

Cada nova agressão de Trump é mais um motivo para os empresários brasileiros buscarem novos mercados, sem abandonar, é claro, os clientes americanos. Nocivo ao mundo e também a seu país, o presidente dos Estados Unidos deixará o poder em 2029. Até lá, poderá continuar prejudicando o Brasil, se ainda estiver interessado em dominar a América Latina e em conservar seus servos brasileiros.

Depois de tentar intervir na Justiça em defesa de Jair Bolsonaro, cassou vistos de oito juízes do Supremo Tribunal Federal (STF), do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e de pessoas ligadas ao Mais Médicos, programa criado no governo da presidente Dilma Rousseff. Esse programa incluiu a contratação de médicos cubanos.

Empenhado em impor seu domínio aos Estados Unidos, sem levar em conta a Constituição e a ordenação política em vigor, o presidente Donald Trump tem desprezado a divisão dos Poderes, a autoridade local e as atribuições estaduais.

Já mandou forças federais à Califórnia, contrariando o governador do Estado, e acaba de realizar façanha semelhante na capital do país, Washington, recém tomada por tropas da União. Falta de segurança foi o argumento usado pelo presidente, embora estatísticas locais mostrem redução da criminalidade.

Qualquer alegação, têm mostrado os fatos, pode servir como justificativa para os abusos de Trump. Indiferente às leis norte-americanas e também às normas acordadas internacionalmente, ele procura impor sua vontade onde for possível, só se detendo, de vez em quando, diante de rivais muito poderosos, como o russo Vladimir Putin e o chinês Xi Jinping.

Excetuadas potências como a Rússia e a China, o presidente americano se mostra pouco disposto a respeitar a soberania de outros países e as normas de blocos internacionais como a União Europeia.

Mesmo governantes de grandes países, como o Brasil, têm evitado confrontar abertamente Donald Trump, embora empenhados em cobrar respeito aos direitos nacionais e aos padrões de relacionamento internacional.

Alguma firmeza tem produzido efeito, como já se observou em episódios com o México e o Canadá.

No caso do Brasil, o poder central tem conseguido evitar ou neutralizar a intrusão do governo americano, embora as pretensões trumpistas venham sendo apoiadas, no País, por políticos da direita. Entre esses políticos há figuras em postos importantes, até na administração do Estado de São Paulo, marcada pela influência bolsonarista.

A ameaça trumpista permanece, portanto, e provavelmente persistirá enquanto ele mantiver alguma influência na política dos Estados Unidos.

Texto extraído do msn.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *