A Coca de Tarcísio – Por Lenilson Oliveira

Sim, vamos falar da Coca-Cola.

Não para dizer o óbvio, de que é o refrigerante mais conhecido e consumido na Terra redonda da qual o Brasil faz parte, mas fazer um corte sobre a frase, no mínimo infeliz, da maior liderança do mais importante estado do país, economicamente se falando, e com pretensões de se firmar como líder nacional.

Como bom sectário do famigerado bolsonarismo, cuja característica maior seja a falta de empatia com os problemas reais dos brasileiros, o governador paulista Tarcísio de Freitas, que se engalfinha com outros nomes para ser o herdeiro do espólio político do ex-presidente Jair, conseguiu sair com uma pérola digna do seu mentor.

Em meio aos noticiários da crise das bebidas adulteradas com metanol no país, principalmente em São Paulo, com inúmeros casos suspeitos de ingestão, registro de cegueira irreversível e mortes confirmadas, o homem que pretende ser candidato a presidência da República sai com a colocação infame de que só iria se preocupar se começassem a falsificar a Coca-Cola.

Sim, o Brasil ouviu direito, e logo associou ao “e daí, eu não sou coveiro” dito pelo Jair em meio às milhares de morte registradas no país, causadas pela Covid-19, muito pela negligência do governo de plantão diante da pandemia mundial.

Após se tocar e querendo parecer do chefe, num arrependimento tardio e pela dor na consciência pelo prejuízo político, Tarcisinho correu à imprensa para pedir desculpas à população e às famílias das vítimas pela frase infeliz, como se achasse que fosse ficar o dito pelo não dito.

Disse ele que foi apenas uma brincadeira feita na hora errada e, querendo reverter, desfiou as ações adotadas pelo Governo de São Paulo diante da crise, muito mais para bater de frente com as adotadas pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, principalmente.

Sem qualquer pré-julgamento, mas acreditando que já se pode tirar do episódio como pensa o pretenso candidato a presidente pela extrema direita e todos ao seu redor e vai caber aos eleitores ter muito discernimento na hora de votar, independente de cegueira política ou ideológica.

Lembrando que 2026 é logo ali.

(Imagem: Freepik)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *