ALPB debate causas e tratamentos para dermatite atópica durante audiência pública
A Comissão de Saúde, Saneamento, Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, na tarde desta quinta-feira (6), uma audiência pública voltada à discussão sobre a dermatite atópica — suas causas, formas de tratamento e os impactos da doença na qualidade de vida dos pacientes. O encontro reuniu médicos, especialistas, pacientes e representantes de entidades ligadas ao setor de saúde.
A dermatite atópica no Brasil afeta cerca de 15% a 25% das crianças e até 7% dos adultos. A doença é crônica e não é contagiosa, mas tem um impacto significativo na qualidade de vida, podendo causar problemas como insônia, baixa autoestima e impacto na produtividade.
O deputado Eduardo Carneiro, autor da propositura, destacou a relevância do tema, lembrando que a dermatite atópica vai além de um problema de pele. “Nós debatemos sobre a dermatite atópica, uma doença que, por muitas vezes, é invisível, mas é crônica e vai além dos problemas de pele. Ela mexe com a autoestima das pessoas, com a atividade profissional, com o preconceito e com uma série de questões que precisam ser publicizadas. É necessário alertar e cobrar do Sistema Único de Saúde providências, como medicamentos modernos e tratamentos condizentes com a necessidade desses pacientes”, ressaltou o parlamentar. Ele reforçou ainda a necessidade de união entre as esferas de governo e o SUS para garantir políticas públicas eficazes.
Na oportunidade, a médica dermatologista Renata Rodrigues, do Hospital Universitário Lauro Wanderley, fez uma palestra sobre a doença, “enfocando os tratamentos disponíveis e a jornada do paciente, que enfrenta grande dificuldade para conseguir acesso às medicações, mesmo com opções seguras e eficazes já existentes”. De acordo com a médica, “a dermatite atópica é uma doença inflamatória da pele que coça bastante, causando manchas vermelhas e feridas, e está associada a outras condições, como asma, rinite e alergias”.
O presidente da Atópicos Brasil, Mário Cavaca, lembrou dos tratamentos disponíveis para dermatites atópicas. Ele destacou que o foco central reside nos tratamentos e soluções, tanto imediatas quanto a longo prazo. Ele acrescentou que ainda há um desconhecimento das pessoas sobre a doença, com pesquisas indicando que 41% a 50% da população não a conhece.
