As eleições de 2026 na Paraíba – Por Lenilson Oliveira

Pelo que vem se desenhando, as eleições de 2026 na Paraíba deverão mesmo se polarizar entre o nome do governador João Azevêdo à sua sucessão, o seu atual vice Lucas Ribeiro, e o até pouco tempo aliado Cícero Lucena, prefeito de João Pessoa, que sonha com seu retorno ao Palácio da Redenção, onde esteve entre os anos de 1994 e 1995.

Com o nome posto para concorrer ao Senador Federal, Azevêdo já mexe as peças do xadrez político-administrativo para tentar garantir que o jovem Lucas o suceda, ancorado pelos resultados dos seus seis anos de mandato como governador, que, espera, serem reconhecidos pelos paraibanos.

Mas política não é um jogo que se joga só e, na sua dinâmica, muda a toda hora.

Outro aliado palaciano, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adriano Galdino, até pouco tempo no rol dos pré-candidatos a governador, batendo de frente com a vontade e orientação de João Azevêdo, já mudou de ideia e declarou apoio e empenho para a eleição de Lucas Ribeiro.

É o jogo político com suas particularidades, nuances, trunfos na manga, barganhas e o que mais aprouver aos agentes envolvidos no processo.

Com o afunilamento das candidaturas de Lucas e Cícero, a dança de partidos, as indicações para os respectivos vices e senadores, os discursos contrários ao que se dizia antes, tudo mesmo, deverá ganhar uma dimensão maior a cada dia, contornos de uma disputa que promete ser acirrada, como se diz, de Cachoeira dos Índios a Cabedelo.

Não podemos esquecer que tudo passa pelos interesses de 223 prefeitos municipais, dos que tentarão uma das 36 cadeiras da Casa Epitácio Pessoa, das 12 na Câmara dos Deputados, espalhados por todas as regiões do estado, lideranças maiores e menores, etc.

Há que passar também pela polarização nacional entre esquerda e direita, lulismo e bolsonarismo, como não poderia deixar de ser.

O fato é que 2026 já é logo ali.

Assim, cabe a nós, eleitores, ficarmos atentos a essa fogueira de vaidades que é toda campanha política, na qual o que antes era afago e elogio de parte a parte, se inverte totalmente no jogo de interesses próprios.

Que vença o povo paraibano.

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