A candidatura da direita – Por Lenilson Oliveira
A sexta-feira (5) foi de frisson nas hostes bolsonaristas Brasil afora com o anúncio da bênção do ex-presidente Jair Bolsonaro ao seu filho 01, Flávio, para ser o candidato das oposições para presidente da República em 2026.
A definição do nome do pré-candidato do Partido Liberal (PL) pelo ex-presidente, ora inelegível e preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses por tentativa de golpe de estado, pegou muitos aliados de surpresa e causou mal-estar em alguns.
Os desgostos e decepções começam dentro da própria casa de Bolsonaro, com a frustração da ex-primeira-dama Michelle, que alimentava o sonho e trabalhava para, sob os auspícios do marido, ser alçada à pré-candidata para concorrer com o presidente Luiz Inácio no próximo ano.
Outro que ainda sonhava com a indicação e tenta esconder a decepção é o governador paulista Tarcísio de Freitas, que já se movimentava nos bastidores para angariar apoios ao seu nome.
O fato é que tentam tapar o sol com a peneira com falas e discursos de concordância e aceitação do nome do senador Flávio Bolsonaro, enquanto choram por dentro e seguram os gritos de raiva e frustração.
É lógico que não se pode dizer que a indicação do 01 como o candidato da direita já seja “prego batido e ponta virada”, uma vez que muita coisa pode acontecer até os prazos finais do calendário definido pelo Tribunal Superior Eleitoral para o ano vindouro.
Do outro lado, Lula e aliados parecem ter gostado do nome que poderão enfrentar na campanha de reeleição do petista.
Pelo menos é o que tem transparecido.
Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
