Nova Mesa Diretora da Câmara Federal vai preservar PP, PL e Republicanos no topo

Com a aproximação das eleições para a presidência da Câmara dos Deputados, também mudarão os nomes que deverão compor a Mesa Diretora. Dentro do novo desenho, apesar da tendência de troca de chefia, os partidos que ocupam as três principais funções permanecerão no topo, com PP, PL e Republicanos na presidência e nas cadeiras de vice.

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados é formada por onze membros: um presidente, dois vices, quatro secretários encarregados de assumir diferentes aspectos da gestão da Casa e seus quatro suplentes. Regimentalmente, a ordem de distribuição, com exceção da presidência em si, é definida com base no tamanho de cada partido ou bloco partidário.

Na última eleição, em 2023, todos os partidos, com exceção da federação Psol-Rede e do Novo, formaram um único bloco, permitindo com que pudessem negociar suas posições e consolidar um espécie de chapa. O mesmo tende a acontecer nesta eleição, onde há uma composição consolidada ao redor do nome de Hugo Motta (Republicanos-PB). Os preferidos para o novo desenho pertencem aos mesmos partidos da atual cúpula.

O nome cotado para a primeira vice-presidência é Altineu Côrtes (PL-RJ), atual líder do PL. Ele deverá assumir a posição que hoje é ocupada por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que, por sua vez, ficará com a liderança da bancada. Com uma curta passagem pelo PT entre 2008 e 2010, Altineu pertence à ala moderada do partido, já sendo um quadro influente na bancada antes da entrada de Jair Bolsonaro, em 2021.

A segunda vice-presidência é atualmente ocupada pelo presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP). Com a ascensão de seu colega de bancada à presidência, a cadeira deverá ficar para o partido de Arthur Lira, o PP. O preferido para o cargo é Lula da Fonte (PE), terceiro parlamentar mais jovem da Câmara dos Deputados, com 24 anos. Ele é filho do deputado Eduardo da Fonte, que também já ocupou a mesma posição entre 2010 e 2012.

Também há um nome preferido para a Primeira Secretaria, encarregada pela gestão das instalações da Câmara dos Deputados: Carlos Veras (PT-PE), cotado para substituir Luciano Bivar (União-PE). A bancada do União Brasil, partido de Bivar, fará uma reunião na sexta-feira (31) para decidir qual nome deverá indicar à Mesa. As outras duas secretarias ficarão para o PSD e MDB, que ainda farão suas escolhas internas.

A costura da Mesa Diretora configura a segunda etapa do rito de eleição que se inicia na manhã do próximo sábado (1º), antecedida da formação dos blocos em si. O Colégio de Líderes fará uma reunião para concluir as negociações, podendo alterar pela última vez a definição sobre qual cargo ficará para qual bancada. Após a eleição do presidente, cada membro da Mesa é eleito individualmente em ordem hierárquica. Os partidos podem escolher um candidato principal, mas outros membros podem lançar candidaturas avulsas.

 

Com informações do Congresso em Foco

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