Que venha 2026 – por Lenilson Oliveira
Pode-se dizer que 2025 foi um ano marcado por vários acontecimentos que mexeram profundamente com a vida de cada brasileiro, sobretudo com os rumos tomados na política, na gestão pública, no legislativo e no judiciário, vide decisões adotadas pelo Supremo Tribunal Federal no que concerne ao famigerado 8 de janeiro de 2023, ou a “intentona bolsonarista”, como batizaram alguns.
A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, suas crises de saúde, apesar do seu histórico de atleta, o lançamento do nome do filho Flávio como seu herdeiro político e pré-candidato a enfrentar o presidente Lula na corrida ao Planalto, o desmanche a olho visto do alto clero bolsonarista – leia-se também as desavenças e picuinhas na própria família – tem possibilitado algumas leituras do que virá pela frente para a campanha presidencial do ano que entra.
A sucessão de episódios, como a malfadada missão de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, com sua consequente cassação pela Câmara dos Deputados, os casos Carla Zambelli, Alexandre Ramagem, a dinheirama de Sóstenes Cavalcante e, mais recentemente, o espetáculo circense promovido por Silvinei Vasques, entre outros de menor e maior monta, parece mesmo querer ressignificar o conceito de patriotismo.
Como se diz à boca miúda, o Brasil não é para amadores, bastando ver agora a tentativa de descredibilização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com a força da chamada grande imprensa (a mesma que derrubou a ex-presidenta Dilma Roussef e que acabou desaguando no que o país vive hoje).
A cisão vivida pelo Brasil, com uma guerra ideológica sem fim entre esquerda e direta, enquanto o centrão se locupleta, como tem sido desde sempre, nunca será a saída para um país com tantas diferenças e desigualdades sociais, falta de oportunidade para a grande massa, domínio de facções criminosas nos grandes centros e chegando também às pequenas comunidades, etc.
O episódio dezembriano das sandálias Havaianas, que não vale nem a pena entrar em detalhes aqui, foi a prova definitiva que estamos vivendo em um país doente.
Que venha 2026 e, com ele, mais esperanças para o Brasil da esquerda e da direita.
Da nossa parte, desejos de um feliz ano novo para todos!
