Buega Gadelha é preso em Brasília pela Polícia Federal

O empresário paraibano Buega Gadelha foi preso na manhã desta terça-feira (19) em Brasília. Ele é alvo de um mandado de prisão preventiva cumprido pela Polícia Federal no âmbito da Operação Fantoche.

A informação foi confirmada pela Polícia Federal. Buega estava em Brasília para participar de um evento da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), de acordo com informações da Federação das Indústrias da Paraíba (FIEP-PB).

Francisco de Assis Benevides Gadelha, mais conhecido como Buega Gadelha, é presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (FIEP-PB). O mandado de prisão temporária contra Buega deveria ter sido cumprido em Campina Grande, mas ele não foi encontrado na cidade. Ainda em Campina Grande foram cumpridos três mandados de busca e apreensãopela Polícia Federal no âmbito da Operação Fantoche.

A intenção da Operação Fantoche é desarticular uma organização criminosa voltada para a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.

Na Paraíba, todos os mandados estão sendo cumpridos na manhã desta terça-feira (19) em Campina Grande, no Agreste do Estado. Ao todo, estão sendo cumpridos 40 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária, nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas.

As investigações apontam que um grupo de empresas sob o controle de um mesmo núcleo familiar atua de forma contínua e perene, desde o ano de 2002, executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades paraestatais do intitulado sistema “S”.

O modus operandi empregado é sempre similar e, em resumo, consiste na utilização de entidades de direito privado sem fins lucrativos para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o Ministério convenente e Unidades do Sistema S, contratos estes, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada.

Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400.000.000,00 decorrentes desses contratos. A ação é desempenhada com o apoio do Tribunal de Contas da União e, ao todo, conta com a participação de 213 policiais federais e oito auditores do TCU que estão cumprindo 40 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária, nos estados de PE, MG, SP, PB, DF, MS e AL. As medidas foram determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.

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