Entrevista/José Rigonaldo: cineasta lança filme sobre Chico Rolim e classifica ex-prefeito como melhor gestor de Cajazeiras
Por Linaldo Guedes
“Na minha modesta opinião, ele foi sem dúvida o maior prefeito de Cajazeiras, pelo empenho, pelo discernimento e coragem; pelo despojamento de seus interesses pessoais em prol da cidade que amava. Pelo estadista que foi em nível de status municipal, pelo senso republicano, pela intuição administrativa e pelo compromisso com a ascensão da cidade a patamares nunca dantes alcançado”. A declaração entusiasmada é de José Rigonaldo, ao se referir ao ex-prefeito de Cajazeiras Chico Rolim. Rigonaldo é autor do curta-metragem documental “Do miolo do sertão: a história de Chico Rolim”, que será lançado no dia 22 de novembro, às 20h, no Teatro Íracles Pires. O filme tem apoio da Prefeitura de Cajazeiras e do governo federal, através da Lei Paulo Gustavo.
Segundo Rigonaldo, o documentário se estrutura numa linha narrativa como fio condutor do argumento; em depoimentos sobre os acontecimentos e fatos que ilustram as ações que foram demandadas pelos governos. “Ou seja os dois mandatos municipais do nosso homenageado protagonista. Cenas e tomadas de imagens que ilustram lugares em particular e a cidade num plano mais geral. Todas embasadas com as adaptações necessárias do livro homônimo do escritor cajazeirense e nosso confrade Sebastião Moreira Duarte”, explica.
Ele diz que a decisão de fazer o documentário partiu de dois motivos principais: a primeira, um diálogo com o livro, que é um crisol de informações históricas sobre a cidade de Cajazeiras. “Sobre a escolha, me veio em certo sentido por uma intuição que me levava a admirar a figura do homem público da envergadura de Chico Rolim e que eu alcancei como gestor”, acrescenta.
Para Rigonaldo, Cajazeiras, em certo sentido, sempre em sua vida histórica, foi e é desprovida de valorização da memória, apesar de termos grande memorialistas como Tota Assis, João Rolim da Cunha, Otacílio Dantas Cartaxo, Irismar Gomes, entre outros. “Por isso mesmo, eu particularmente vejo que a cidade não o reconheceu e os fatos que ilustram essa minha afirmação são as suas candidaturas, uma para a deputância federal constituinte, outra para vereador em que não obteve êxito eleitoral”, lamenta.
Sobre a produção em si do documentário, Rigonaldo conta que encontrou muitas dificuldades e facilidades também. “As maiores dificuldade que encontrei foi em relação ao tempo do filme, porque tivemos que reduzir ao máximo dado o grande volume de informações contidas no livro, algumas indisposições da equipe técnica, as agendas dos depoentes que muitas das vezes dava choque com a agenda de gravações e às vezes indisposições de agentes externos que influíram no processo. Mas o mais é que estou muito satisfeito e feliz com o resultado do trabalho realizado e espero que possa agradar a todos”.
José Rigonaldo é professor, músico e imortal da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (ACAL), onde ocupa a cadeira 24, cujo patrono é João Rolim da Cunha.