Fernanda Torres, Zuckerberg, Lula – Por Linaldo Guedes

Três fatos semana passada aconteceram em partes diferentes do mundo, mas pareciam interligados dentro dessa globalização que os tempos modernos vivem.

No domingo, dia 5, em Los Angeles, a atriz brasileira Fernanda Torres conquistou a estatueta de Melhor Atriz em Filme de Drama por sua atuação em “Ainda Estou Aqui” e ganhou o Globo de Ouro, feito inédito para o cinema nacional.

Na terça-feira (7), a Meta alterou a política contra o discurso de ódio em posts no Facebook, Instagram e Threads. As diretrizes passaram a permitir, entre outros pontos, que termos referentes a doenças mentais sejam associados a gênero ou orientação sexual. Mais do que isso, a empresa anunciou o fim do programa de verificação de fatos nas redes sociais em países como Estados Unidos e Inglaterra e ameaçou fazer o mesmo pelo mundo afora.

Já na quarta-feira (8), em Brasília, o presidente Luís Inácio Lula da Silva comandou solenidade para marcar os atos de 8 de janeiro de 2023 e disse que os responsáveis pela tentativa de golpe serão punidos, inclusive os suspeitos de um plano para matar o petista, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

Em Los Angeles aconteceu a consagração de Fernanda Torres como atriz em um filme que narra a vida da família Paiva – a mãe, Eunice, e os cinco filhos – após o desaparecimento do marido de Eunice, o deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar.

Um passado que teima em querer ser revivido, por golpistas que não aceitam a democracia e querem que falsos mitos se eternizem no poder, numa volta à Ditadura e a tudo que a família Paiva – e outros milhares de brasileiros – passou naqueles infaustos anos de chumbo. Daí a importância da solenidade comandada por Lula, para lembrarmos das aberrações de uma Ditadura e para mostrar os limites a golpistas que não gostam da democracia.

Limites que a Meta não quer seguir, como se fosse dona das leis de países como o Brasil, liberando fake news a torto e a direito no mundo das redes sociais, sem qualquer punição aos responsáveis. Felizmente, estamos no Brasil, com instituições sólidas e o discurso de Mark Zuckerberg é coisa para americano ver e para agradar Donald Trump. Aqui no Brasil não se cria, já alertou o Supremo Tribunal Federal, usando da mesma medida utilizada contra Ellon Musk e o X: para atuar no Brasil, toda e qualquer empresa tem que se submeter às leis do país. É assim que funciona países com instituições sólidas.

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